Realmente tem fatos que deixam a gente com a sensação de quem nem tudo está perdido. No último sábado, assistindo a final da Liga dos Campeões entre Barcelona e Manchester United aconteceu algo que, sinceramente, me emocionou muito.
O Barcelona estava ganhando o jogo por 3x1 e, no final da partida, o técnico Pep Guardiola colocou em campo o então capitão do time, o cabeludo com cara de roqueiro, Puyol, para, evidentemente, levantar a taça de campeão. É preciso fazer um adendo aqui, pois o Puyol só estava na reserva devido ao retorno do lateral esquerdo Abidal, que há um mês e meio havia operado de um câncer no fígado. Veja abaixo o dia em que Abidal retornou ao time, na semifinal contra o Real Madrid, e a comemoração da torcida e, principalmente, dos jogadores pelo seu retorno.
Mas, voltando à partida do último sábado, o Puyol entrou em campo e logo pegou a braçadeira de capitão. Este fato já estava sendo muito honroso, pois o técnico fez questão de reverenciar o Puyol, mesmo não tendo jogado a final, oferecendo a ele a oportunidade de levantar a taça e comemorar o título com os companheiros.
No entanto, algo surpreendeu a todos no momento em que os jogadores se encaminhavam para receber as medalhas e a taça. Como de costume, o capitão é sempre o último da fila e, neste caso, seria o Puyol. Mas, quando as câmeras flagraram os últimos da fila, o Puyol estava em penúltimo e não em último. E, agora, adivinha quem era o último da fila, o eleito pelo Puyol e pelo time a levantar a taça? Nada mais nada menos que Eric Abidal, o homem que surpreendeu a todos voltando a jogar apenas 40 dias depois de uma cirurgia de câncer - os médicos diziam que ele retornaria a campo somente em 2012.
Pela sua coragem e determinação, Abidal se tornou o símbolo da conquista da Liga dos Campeões e teve a honra, que poucos têm, de levantar a mais cobiçada taça de campeão da Europa. E, é nessas horas que a gente pensa: nem tudo está perdido.
Exemplo brasileiro
Já aqui no Brasil, dias desses eu li que o ex-jogador do São Paulo e da Seleção Brasileiro, Muller, estava morando de favor na casa do também ex-jogador do São Paulo, o lateral direito Pavão. Veja a matéria sobre essa história: Muller em dificuldades está morando de favor.
E, pra terminar o meu sábado de surpresas no futebol, à noite fui assistir ao compacto de São Paulo e Figueirense e me surpreendi quando me dei conta que o comentarista da partida era o próprio Muller. Pois é, nem tudo está perdido parte dois. O futebol também nos dá bons exemplos de vida.